Atirador Designado e Atirador de Precisão: Distinções Operacionais, Formativas e Técnicas no Contexto Policial

A crescente complexidade das operações de segurança pública, tanto em contextos policiais quanto militares, exige o emprego de capacidades técnicas especializadas, que envolvem não apenas domínio tático, mas também discernimento jurídico. Nesse cenário, a diferenciação entre o Atirador Designado e o Atirador de Precisão Policial torna-se essencial para o correto planejamento, emprego e compreensão das funções de cada operador. Apesar de ambos os perfis atuarem em distâncias superiores à média dos confrontos convencionais, suas formações, atribuições e tipos de tiro autorizados são significativamente distintos. O atirador designado opera integrado à equipe de manobra, com função de prover tiros de inibição reativa do oponente — Diferente do tiro de comprometimento, não almeja a morte instantânea do agressor, e sim visa cessar a real ou iminente agressão armada de um criminoso contra si mesmo e/ou seus pares, tirando-o do cenário de combate. Este tiro só será efetuado caso seja realmente indispensável para preservar vidas e com o alvo completamente identificado como ameaça, sempre observando os princípios da legalidade, proporcionalidade e necessidade. Já o atirador de precisão policia - sniper, submetido a uma formação técnica, legal e psicológica mais rigorosa, é o único autorizado a realizar o chamado tiro de comprometimento: disparos seletivos, letais, que visam neutralizar imediatamente alvos específicos, geralmente em contextos de elevada complexidade decisória, nos quais vidas inocentes estão em risco iminente. O presente artigo propõe uma análise técnico-científica comparativa entre esses dois operadores, destacando suas peculiaridades formativas e funcionais, bem como os princípios balísticos, táticos e legais que regem o uso dos diferentes tipos de disparo no enfrentamento armado moderno.

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